A Lei da Espada na Era Hiboriana



Brutais, honrados ou selvagens — esses vivem pela espada, pois a guerra é sua única religião e a morte, sua única certeza. Dos ermos ventosos da Ciméria vêm bárbaros de olhos sombrios e bárbaras de músculos talhados pelo gelo, moldados pela fome e endurecidos pelo desprezo aos feitiços e seus mestres. Nos campos infinitos de Turan, mercenários e arqueiras montadas disparam flechas como tempestades, guiados apenas pelo aço e pela paga. Nas arenas sangrentas de Argos ou Zíngara, gladiadores de lanças e guerreiras com lâminas curvas dançam pela vida entre o clamor e a morte, treinados para matar e sobreviver. Em torres de pedra e fortalezas solenes da Nemédia, capitães e capitãs marcham sob bandeiras ancestrais, sua disciplina tão afiada quanto suas espadas. E nos mares da Costa Negra, corsários e piratas de ambos os sexos saqueiam com o rugido das ondas, desafiando tempestades e tronos com gargalhadas e lâminas gêmeas.
Conjuradores do Conhecimento Proibido



Eles são portadores do saber que enlouquece, conjuradores de horrores há muito sepultados sob as areias do tempo. Entre as pirâmides silenciosas da Stygia, feiticeiros e feiticeiras sussurram os nomes de Set sob luas sangrentas, oferecendo sangue e veneno aos deuses que rastejam nos abismos. Em torres de jade em Khitai, eruditos e magas traçam runas que tremulam no ar, evocando dragões invisíveis e destilando alquimias que desafiam os próprios céus. Nas selvas escuras onde os pictos caçam, xamãs de olhos pintados — homens e mulheres — dançam entre os ossos, invocando os espíritos dos antepassados, das feras e das sombras. E nos salões dourados de Vendhya, alquimistas e feiticeiras tramam em silêncio, misturando ciência e feitiçaria, vinho e veneno, rituais antigos e intrigas palacianas, esperando a hora em que uma palavra possa destruir um reino.
Forças Sagradas e Profanas



Servos dos deuses, sejam eles feitos de luz ou nascidos da podridão, caminham entre os mortais canalizando forças que não pertencem a este mundo. Nas criptas silenciosas da Estígia, sacerdotes de túnicas negras e sacerdotisas de olhos impassíveis sussurram preces a Set, entre venenos e intrigas, tecendo feitiços tão cruéis quanto os açoites do deserto. Nas florestas ancestrais dos pictos, xamãs de corpos marcados — homens e mulheres — dançam ao redor de fogueiras sagradas, conjurando espíritos de fera e tempestade, suas lâminas encharcadas do sangue dos invasores. Em Vendhya, sob cúpulas de safira e incensos perfumados, sacerdotisas de Asura velam sobre os doentes, guardam saberes esquecidos e guiam reis com sussurros vindos das estrelas. E nos monastérios escondidos das montanhas de Khitai, monges e monjas se disciplinam com punhos e meditações, canalizando forças cósmicas através da carne e do silêncio, guerreiros sagrados que lutam mais por equilíbrio do que por conquista.
A Arte das Sombras, Lâminas e Segredos

.png)

Ladrões, espiãs e assassinas — almas amaldiçoadas que se esgueiram pelas ruínas das cidades onde os fracos governam e os fortes se escondem nas sombras. Em Shadizar, a Cidade do Pecado, ladrões zamorianos e ladras de olhos cruéis desafiam torres encantadas e cofres trancados, dançando entre telhados como espectros com dedos de seda e aço. Em Koth, assassinos e assassinas da Guilda vendem a morte como vinho raro — sem rosto, sem nome, obedientes apenas ao som de moedas e segredos sussurrados. As cortes de Zingara são campos de batalha sutis, onde espiões em mantos de cetim e espiãs de beleza fatal tecem mentiras como aranhas famintas, usando sorrisos e lâminas escondidas. E nas águas selvagens da Costa Negra, corsários e corsárias saqueiam como hienas do mar, brandindo lâminas contra marinheiros ou monstros, roubando ouro, vinho e respirações, com a mesma destreza de quem sobrevive entre os naufrágios e os gritos de dor.